Dentro de onde passo a maioria de minhas noites solitárias, avisto aquilo que pode ser a razão da minha vida.
Acompanhado de meu cachimbo, e uma garrafa de rum, vejo as ondas quebrarem em volta de minha caravela.
Extasiado pela brisa que o mar traz a minha cabine, relembro as noites de prazer que passei ao seu lado.
E por mais que eu tente, não poderei esquecer o cheiro do seu perfume, nem mesmo sua linda voz que canta tristes melodias enquanto me vê partir.
Repito meus passos todas as noites, esperando encontrar minha razão...
E esse é o momento em que caminho até o convés e vejo lá um vulto, me aproximo passo a passo, esperando que seja aquilo o que eu mais desejo...
Esperando que não seja mais uma vez, meus olhos me iludindo diante de uma noite tempestuosa...
E o que eu mais temia acontece...
Aquela bela silhueta desaparece em minha frente, enquanto um vazio dentro de mim vai se tornando cada vez maior...
E o que resta a esse velho lobo dos mares, é seguir viagem, de olho em minha bússola desgastada pela maresia, esperando que a razão do meu viver não se perca em pensamentos fantasiosos, em mais uma noite tempestuosa...
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